sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Moscatel - Douro ou Setúbal? Venha o Venâncio!



Gosto de licorosos, gosto de Vinho do Porto, gosto de Moscatel. Trazem-me memórias de sempre, da infância, dos almoços e jantares em família. Lembra-me os meus avós, lembra-me até a merceria/tasca já extinta do Favaios, aberta em todas as ocasiões, por vezes até ao domingo. Lembro-me do Sr. Joaquim e da Dona Emília. Comer e beber, para mim, além de um prazer, é uma memória, um percurso da minha estória como pessoa...

No percurso dessa estória, surge Venâncio Costa Lima, e o seu premiado Moscatel de Setúbal. Há quem goste de puxar pelos galões, e este humilde vinho já conta com alguns:


Concurso Nacional Vinho 2007 - Prestigio
Challenge Internacional du Vin 2008 - Bronze
Concurso Muscats du Monde 2009 - Ouro
Challenge Internacional du Vin 2010 - Prata
Concurso Nacional de Vinhos 2010 - Prestígio
Muscats du Monde 2011 - Ouro (Top 10)
Concurso Nacional de Vinhos 2012 - Medalha de Prestígio
Concurso CVRPS – Medalha de Ouro


Mas eu não costumo e não tenho hábito que o vinho me fale pelos prémios que conquistou. Para mim vinho é aroma, é nariz, é comida, é prazer. E este vinho desperta os sentidos. O cítrico, a flor de laranjeira, a casca de laranja, o mel, as uvas passas doces...Enche-me a boca, é untuoso...Enche-me o nariz e invade-me de uma forma apaixonante. E não estou sequer a falar do reserva!

Conheci-o na iniciativa do Mercado de Sabores, no Pavilhão Atlântico, e rendi-me. É quase perfeito, não digo mesmo perfeito, porque pode se-lo hoje, e amanhã deixar de o ser. Sugiro a vossa prova, porque não pesa na carteira, podem encontrá-lo a rondar os 5,00€ numa grande superfície perto de casa...

Nem me faço a pergunta, porque digo-vos já: é uma DELICIA, isso vos garante a Patrícia!

Espumante Real Senhor - Borges

Não é a primeira vez que vos trago um espumante...sou aliás ao fim de algun anos uma apreciadora de espumante bruto, nacional, seja de que região for - Douro, Bairrada, Távora-Varosa...

Esta surpresa muito agradável tem quase uma semana, mas rendi-me no imediato, por impulso e sugestão.
A acompanhar um queijo amanteigado, diga-se, de excelente qualidade. Mas este Real Senhor, é um Senhor.

Equilibrado, tentador, fresco, borbulhante na medida certa, desde que servido à temperatura certa, nem quente, nem gelado, apenas na temperatura certa.

Sei que já foi aconselhado por outras fontes para acompanhar a consoada que se avizinha. Não me parece nada mal, e faz justiça à solenidade da Ceia de Natal...Mas sinto que não deve ser tratado apenas com pompa e circunstância.
Os amigos ficarão felizes se o puderem beber durante uma tertúlia caseira, será memorável num jantar a dois, e poderá ser servido na esplanada, a contemplar o rio - seja ele qual for - num fim de tarde indulgente de dolce faire niente, na descompressão de um stressante dia de trabalho

A pergunta do costume fica com esta simples resposta. A resposta é sim. Agora atrevam-se vocês a dar a vossa própria resposta!

A Padaria Portuguesa




Adoro um bom pão, bem cozido, que não tenha aquele aroma pungente a fermento. Gosto dele Alentejano, de Favaios, de Padronelo, sêmea, de mistura, Broa de Milho, Broa de Avintes, regueifa, pada, baguete, bijou, carcaça, tigre, de forma, de água, integral, de sementes, sei lá...pão.

Este conceito de Padaria de bairro, foi uma descoberta e uma surpresa muito agradável. Já visitei mais do que um destes locais, a simpatia foi a mesma, o atendimento, e a qualidade dos produtos inegável...

O único defeito para já, é estar restrito a Lisboa, e ainda não se ter expandido a norte...

Não vos vou sugerir que experimentem algo em especial, mas que provem de tudo.
Eu, por mim, delicio-me com o Pão de Deus. É muito guloso...delicioso, fofo, suculento o côco, indulgente...hummm, fresco e perfeito!

Comecem por visitar on line em http://www.apadariaportuguesa.pt/, e estão também nas redes sociais em
facebook.com/apadariaportuguesa

E nem façam a pergunta, porque diz a Patrícia, é mesmo, mesmo uma Delícia!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Moscatel de Setúbal - Quinta da Bacalhôa 2005

Eu gosto de Moscatel! Tinha até à uns tempos uma teimosia que só me deixava alcançar o belo Moscatel produzido no Douro, feito de Malvasia Fina...e das memórias de infância, de uma mercearia, de um merceeiro, do um mini-garrafão...Mais tarde ligações familiares a Alijó e a Favaios, terra de moscatel...mas depois veio a José Maria da Fonseca, o Domingos Soares Franco e o seu rosé de Moscatel Roxo, e depois...todo um novo mundo se abriu ao meu mundo e à minha cultura vínica...


E aqui está a arte da Bacalhôa...
Este licoroso tem uma roma intenso a moscatel, flor de laranjeira, citrinos, chá e passas; na boca, a fruta é intensa, é cheio, encorpado, com sensações de amargo-doce, tendo um final longo e persistente.
Aconselho a refrescar a uns 10, 12º, e servir como amuse bouche, como um excelente companheiro a uma sobremesa, ou apenas para simples deleite... Simples, económico, fabuloso...


Delícia, Pergunta à Patrícia?!
Sim, é uma simples delícia!



A Casa do Luís

Abril, águas mil, e entramos em Maio com o mesmo prenúncio do mês anterior. Eu não podia ter começado o mês da melhor forma! Em clima de festejo, e na aldeia mais ocidental de Portugal, Azóia, fui descobrir o restaurante A Casa do Luís.

Um chuveiro repentino apressou a escolha entre um trio de locais e optei pelo primeiro, porque já diz o povo, não há amor como o primeiro. Um sítio pitoresco, old fashion, rústico, de cheiro a fumeiro e a mofo...mas não se deixem assustar, pois mora nesta casa um inconfundível presunto de Chaves, à boa maneira transmontana, curado, e fumado, saboroso, desfazendo-se na boca...bem acompanhado com queijo e pão, estes de origem mais a sul deste fabuloso recanto à beira mar plantado ( ou não estivessemos nós a poucos metros do Cabo da Roca).

O local revelou-se aconchegante, com a lareira acesa, e um serviço familiar, mas eficaz e remetido ao necessário. Começamos bem com a sugestão de um belo exemplar do mar, um robalo fresco de mar, pronto a escalar e a ir para a grelha...Entretanto, o presunto, o queijo, e um vinho de Colares, agradável surpresa frutada, fresca q.b,, de produção caseira, sem rótulo (não queremos cá a ASAE)...Foi um prazer para o palato, ainda com as azeitonas alentejanas esquartejadas e temperadas com azeite, sal e coentros...

E chegou o rei do mar, o peixe, com batatas cozidas, umas vagens ( ou chamem-lhe feijão verde) no ponto, regadas com um azeite alentejano untuoso e suave, frutado, com o excelente fim de boca... A vida que já era bela, tornou-se ainda mais bela... Dispensei a sobremesa, que podia ter sido de ums morangos da época, mas um pouco descontextualizada da doçaria tradicional da região...mas ninguém é perfeito, e poucos são os que tangem a perfeição.

Saimos bem, felizes, saciados, e agradados com a qualidade de confecção e o preço...e Maio chegou, e veio bem acompanhado, na Casa do Luís, mas com o sim de Delícia, quando Perguntado à Patrícia!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Reguengo de Melgaço - Alvarinho

Sou uma apreciadora de vinho, e confesso, que ao contrário de muita juventude a norte, que começa com o vinho verde, nas jantaradas de amigos e nos almoços e jantares da faculdade, este foi um vinho que nunca me cativou até à poucos anos.
Da zona de verdes que abrange a zona do Minho e Douro Litoral, confesso que sou apreciadora de poucos...mas bons.

Os alvarinhos, são para mim a grande preferência...Este pecado de Baco, feito de monocasta Alvarinho, é fabuloso, quando bem feito, e em bom ano de colheita. E são vinhos, cujo estágio em garrafa não trás desilusão, em alguns casos, muito pelo contrário.

Este Alvarinho foi uma sugestão que me foi apresentada no supermercado do El Corte Inglés - Reguengo de Melgaço, Alvarinho.

E o que dizer? Não desiludiu, um vinho equilibrado, que não engana ao nariz e ao palato, subtil, misterioso, fresco, frutado, com alma e corpo. Acompanhou soberbamente uns lombos de carapau com batata a murro e fez honras de rei à mesa.

Não é um vinho para todos os dias, para a bolsa mais afogada  da maioria dos portugueses, pois custou 9 €, contudo, um vinho que vale o custo, pelo bem que sabe, e pelo prazer que proporciona.

Sem mais que alargar nesta crítica de hoje, limito-me a responder à pergunta da praxe:
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: Sim, é uma delícia.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eric Kayser - Padaria

Desde que cheguei a Lisboa, que andava ansiosa por conhecer este sítio de que toda a gente fala. Toda a gente, que é como quem diz, a comunicação social, as pessoas de bem, o "povo". É fashion, gourmet, in, ou ainda mais uma meia de dúzia de adjectivos atribuidos a este local.

Promessas da boa padaria e pastelaria francesa, com carinho e excelência. Ainda me despertou  mais  a minha gastronómica curiosidade quando no facebook, vi que o pão do mês, era um apelativo pão com chouriço, aí as minhas papilas gustativas despertaram...

Havia que ir cedo, para evitar a fila até à porta. e experimentar os croissants, e o pão artesanal. Logo pele manhã cedo, houve que estacionar o carro nas Amoreiras, e já com o bichinho a moer no estômago, e com um frio de rachar que se fazia sentir, entrar na Eric Kayser.

O Pão!!! Maravilhoso aos olhos, e a cheirar lindamente, e as prateleiras, muito bem arrumadas... Prometia. Fiquei com os olhos fixados nos pães, no de chouriço, pão do mês, e no pão Paris. E nos croissants folhados, que já tinham comigo a fama, e iriam em breve ser degustados.

Começou bem, mas não continuou da mesma forma...
Apesar de um serviço de padaria eficiente, que me permitiu obter o pão fatiado, embalado individualmente em sacas de plástico transparente com o logótipo da marca Eric Kayser, começou a correr mal quando pedi um croissant com manteiga, e me foi dito que a manteiga "era à parte"...Mal...Depois foram colocados os dois croissants em cima de guardanapos num tabuleiro e aguardou-se para recolher um chá - English Breakfast, e uma meia de leite...Chamo a atenção que se cobrou por uma caneca de chá, 1,80€!!!

Então as coisas continuaram a correr menos bem, terminando mal. para um serviço dito de excelência e para o qual eu levava grandes expectativas. Na hora de me dar o chá, não havia English Breakfast, e a funcionária, só assim avisou a colega do caixa, para essa situação. Fica mal. Não vai de acordo com o tipo de serviço que se quer... Depois, quando escolhi uma das alternativas, ainda colocou mal a caneca do chá, e entornou por cima do guardanapo, onde se encontrava o croissant... Fiquei completamente irritada, quando no fim de verificar que o minusculo tabuleiro não tinha espaço para os dois croissants, para uma meia de leite e para uma caneca de chá, a funcionária me sugeriu se eu pretendia outro tabuleiro...

Meus senhores, os funcionários de uma casa destas, devem ter formação, e prever as situações, não remediá-las quando já é tarde, e já causaram uma má impressão num novo cliente.
Não chega ter bons produtos, há que saber apresentá-los ao público...

É claro que depois deste cenário, o croissant não foi maravilhoso, e me senti pouco à vontade no espaço.
Salva-se sem dúvida o pão, que se revelou maravilhoso simples, com um pouco de manteiga, ou a acompanhar uns belos carapaus com molho de cebola e pimentos confitados, com um arroz de tomate e pimentos, com calda...

Sr. Eric Kayser, tem bom pão, uma montra de pastelaria lindíssima e apelativa, mas com um serviço...não adequado ao nível do pão.

E quanto á pergunta da praxe:
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: O pão é uma delícia, mas do resto, não gostei, eu, a Patrícia.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Restaurante Gandhi Palace

Adoro os sabores indianos, as especiarias, os picantes, a cozinha com caril, as tradicionais samosas, ou chamuças, em português, um bom lassi de manga. Mas como os confecciono muito bem em casa, é raro ir a um restaurante Indiano, contudo, e como gosto sempre de aceitar as sugestões dos amigos, calhou desta vez ir experimentar um, lá para os lados da Baixa Lisboeta, próximo da Praça da Figueira, mais propriamente na Rua dos Douradores.

O nome apelativo, Gandhi Palace, aparecia no 214 da rua, mas informando que o restaurante havia mudado de sítio para o outro lado da rua, uns metros mais adiante.

A ementa vista de fora prometia, e num dia de frio, o ambiente é acolhedor, e nota-se que sofreu melhorias recentes na decoração e no serviço.
Houve que pedir, e o serviço funcionou bem, rápido, mas também a casa estava quase vazia, com poucas mesas das duas salas ocupadas. As samosas de carne (frango, como deve ser), eram grandes, picantes, mas não extremamente saborosas, como estou habituada. Vinham com 3 ramequins com 3 molhos diferentes, mas nenhum deslumbrou.

Salienta-se contudo a cortesia da casa, com pequenos pãezinhos quentes, e uma manteiga de alho, mediana, mas aceitável, e saborosa. Os papadooms, estaladiços, condimentados e acompanhados pelos mesmos 3 molhos que acompanham as samosas.

O lassi é bom para os gulosos, espesso, feito com iogurte já açucarado e polpa de manga, com gelo adicionado. Mais uma vez razoável, mas longe de ser quase perfeito.

A escolha da noite recaiu num Goan Lamb, um caril de corrego com leite de côco, que se apresentava demasiado espessos, com o borrego já demasiado cozinhado, e insipido, tendo apenas sido envolvido no molho, e não cozinhado nele. O côco ralado que salpicava o caril era algo desnecessário. Faltava alma e carinho na confecção deste prato, contudo não se pode dizer que não foi comestível, e até adequado ao preço praticado. Comeu-se, mas não deslumbrou.

Para quem adora caril, como eu, ficou aquém das expectativas, mas não digo que deixem de visitar. É um sítio agradável para um jantar com amigos, quando não se quer gastar muito dinheiro, e há mais iguarias a provar, que atém podem amenizar a experiência deste caril. Talvez volte, mas neste momento, quando me perguntam, como é da praxe:

Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: Para mim, não foi uma delícia.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Restaurante O Paparico

Como falar de um sítio que fala a mesma linguagem que falamos, e que parece que foi feito para nós? Um conceito semelhante a uma alma gémea, se podemos dizer...este restaurante é a minha alma gémea gastronómica. Pelo menos até à data, e enquanto estiver à frente desta casa, o fabuloso Sérgio, o dono e a alma mater do Paparico. MAs falar do Sérgio é falar também de toda a equipa que o acompanha irrepreensivelmente. Estamos num sítio de excelência e paixão, pelo pecado da Gula.

Falar da ementa, para destacar um prato, é uma blasfémia, destacar a excelência do ambiente e do serviço também. Se me perguntarem sugestões. digo-vos para experimentarem de tudo, repetindo a experiência sempre que for possível.

Os ingredientes utilizados neste sítio são frescos, de qualidade e de excelência e trabalhados com arte e mestria, mas com amor à arte e gastronomia portuguesa, e de fusão com as culturas da europa e do mundo.
A vitela, os miscaros, o bacalhau, o entrecosto, a terrina de vitela com Porto, o polvo em prato principal e em entrada...poderia enumerar tudo o que vem na ementa, mas mesmo assim não vos poderia exprimir por palavras o prazer que esta casa dá à mesa...até o pão e o queijo...o azeite...




A nível de vinhos, o da casa, do Dão, é absolutamente divino, mas a carta é de muito bom gosto, com excelentes escolhas, e como em momentos de crise é necessário organizar o orçamento, não se acanhem de definir um budget, concerteza que há excelentes soluções disponíveis, todas elas de excelente qualidade.

As sobremesas são de ir ao céu, indulgentes, cheias de volupia, sabor e imaginação. O café cheio de detalhes e aromas...Mas deste sítio, falo com alma e coração, aquela alma dos pares, que me faz entrar por aquela porta, e sentir-me em casa. Como se naquele momento fosse eu mesma a cozinhar para mim, fora de mim.

E a pergunta da praxe, neste caso, é por demais óbvia.
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta : Esta é a minha delícia!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Terras do Demo

As terras da zona compreendidas entre os rios Távora e Varosa, possuem um clima único para o cultivo de uvas destinadas à produção de vinho espumante. Ainda mais perfeitas que as presentes na famosa zona demarcada de Champagne, em França. Pelo menos essa é a determinada opinião emitida por quem sabe e se dedica de corpo e alma à produção de vinhos nessa região.

Mas não vos venho falar em detalhe desta zona, nem do terroir, nem das castas, nem dos processos de vinificação...Venho falar-vos de um espumante região. E pode dizer-se que mais que uma delícia, é um pecado, este Terras do Demo. Pode ser encontrado nas variantes Bruto, Tinto e Rosé, sendo que a minha eleição vai para o Rosé, sem contudo desprestigiar os outros dois.
O que dizer desde espumante, "olho de perdiz", borbulhante, leve, cítrico, de acidez equilibrada e leveza surpreendentes. Diz-se que um flute de Champagne, é a única bebida alcoólica que se pode beber a qualquer hora do dia, e com quase todos os pratos, ou mesmo só. Neste caso, quase que concordo. Já me atrevi a bebe-lo com carne, peixe, saladas, sobremesas, mais rústicas, mais leves, mais intensas, e nunca desiludiu, nem se descontextualizou.

Tem uma relação qualidade preço absolutamente fabulosa, mas nem sempre é fácil de encontrar na grande distribuição. Pelo menos o Rosé e o Tinto. O Bruto, branco, já o encontrei em algumas prateleiras, mas com alguma oscilação de preço.


Talves possam ir à fonte, à Cooperativa Agrícola de Távora. O sucesso deste vinho é incrivel, e tendo começado com uma produção de cerca de 6000 garrafas, já produz umas significativas 30 000!!

A nível de design a garrafa é belíssima e tem a particularidade de ter um selo dourado lacrado colocado à mão, o que por si só faz desta garrafa uma peça de artesanato. Dos 12 funcionários que trabalham nesta cooperativa, que contribuem para a colocação deste vinho no mercado, 4 deles fazem este trabalho. Quem prova este vinho, sente que é um vinho feito com amor e paixão.

É com muito orgulho português, nos nossos vinhos, e na nossa qualidade, que quando me perguntam, como já vai sendo hábito:
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: Este espumante é sem dúvida uma delícia!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Café Ópera de Viena

E porque delícia não é apenas o que se faz em terras lusas, várias circunstâncias ditaram o sítio que vos trago hoje. Um típico café vienense, onde se pode degustar uma Sachertorte absolutamente deliciosa e acompanhar com várias propostas, todas elas deliciosas. Neste momento que a foto ilustra, a eleição foi um chocolate quente com natas... Não falamos daquelas natas em spray, que usualmente são usadas por cá em muitos sítios, mas daquelas cremosas, untuosas, voluptuosas, saídas de um sifão, directamente para cima do quente do cacau, ou do capuchino. A oferta de chás é também excelente e de qualidade, e diga-se que para o local, a relação qualidade preço é boa, apesar de ser um sítio bem no coração de Viena, na lateral da Stahtopera. Em outros sítios e com qualidade inferior, na mesma cidade, o preço pode duplicar...

O serviço é aprumado e cuidado, e o ambiente respira arte e música, com um misto de clássico, contemporâneo e kitsh...Muito wienner!
As ofertas de bolos frescos e tradicionais é grande, em pedaços generosos, sendo que variam diariamente, apesar de terem sempre a especialidade vienense, a Sachertorte.
É um café romântico, simples, mas com um serviço elegante, muito funcional e eficiente. Tudo é absolutamente delicioso,e também servem brunch, apesar de eu nunca o ter experimentado, das algumas vezes que lá fui.
Quem decidir visitar esta terra de músicos e bailes, tem aqui uma sugestão...e respondendo à pergunta da praxe.. Delícia?! Pergunta à Patrícia! A resposta: sem, sem dúvida uma delícia!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DOP by Rui Paula

O DOP é um restaurante de um chef que é tudo aquilo que aparenta ser, de qualidade, bom gosto, de excelência, onde nada falha, e tudo está no lugar que deveria estar. Para mim, digno de Estrelas Michelin.
A começar pelo sítio, bem perto da ribeira do Porto, instalado no Palácio da Artes, bem nas traseiras do antigo Mercado Ferreira Borges, bem perto do Palácio da Bolsa.
Palácio é o local ideial para comer comida digna de um rei, de um principe, de uma princesa. Para pecar, pecar pelo prazer e deleite de apreciar cada um dos pratos do DOP. Pensam vocês, isso vai custar caro, mas o caro é relativo quando se trabalha a este nível, com ingredientes nobres, de qualidade, tratados como arte. Será como ter um Picasso, um Dali, um Monet, um Van Gogh em casa...Como ter o Homem de Vetrúvio de Da Vinci, pendurado nas paredes lá de casa...

A comida, passa por carne e peixe de muita qualidade. Robalo fresco, peixe galo, tamboril, sempre confeccionados no ponto. Um caril de camarão delicioso, ao qual apenas critico o chutney de maçã, não tão ao meu gosto, mas que não deixa de ser delicioso.
Nas entradas, admito que me inclino sempre para as vieiras com ovos de codorniz, porque acima de tudo é um gosto pessoal, mas há várias opções todas elas atractivas, e passíveis de agradar a qualquer um.


Tenho aínda na memória gustativa um delicioso e bem confeccionado risotto de lima, absolutamente divinal, a acompanhar um tamboril também ele memorável...
E o que dizer dos amuse bouche, criativos, a utilizar a modernidade da cozinha molecular bem ao jeito de Adrià. As sobremesas são de bradar aos céus, uma mistura de pecado da gula e obra de arte.
Para mim este local é um museu dos sabores, um museu de arte moderna, contemporânea, mas de inspiração em ingredientes ancestrais à luz das novas técnicas.
Tem também este local, o melhor escanção que conheço, perspicaz nas sugestões de vinho a copo para acompanhar cada prato, e capaz de surpreender a cada momento. Sublime!


Com toda esta paixão que me liga incondicionalmente a este restaurante, na hora de fazer a tradicional pergunta, creio que todos já sabem a resposta, mas aqui vai ela...
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: É inevitavelmente uma delícia!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Alikebabhaus - Vários pontos do país

Hoje em dia, quando queremos qualquer coisa rápida, quase todos recorremos a sandes, de fastfood, ou tradicionais, uma sande mista, americanda, de atum, delícias do mar, presunto um hambúrguer, uma bifana... Gosto de todas estas hipóteses, desde que bem confeccionadas, com bons ingredientes, frescas, apetitosas...
Mas há alturas em que gosto de provar outros sabores, de outras culturas, e hoje é o dia do kebab...
E o melhor kebab que comi até hoje por cá, foi recentemente, numa superfície comercial... A Alikebabhaus, é um destes restaurantes franchise já presentes em mais países, e agora em Portugal. Conta com alguns restaurantes a sul e a norte do país. Experimentei um dos do norte do país, primeiro através de um serviço on-line de entrega ao domicilio, e depois no próprio restaurante e fiquei de...boca a salivar. Tornou-se quase viciante.
A carne, que pode ser mista, ou frango, é laminada finamente, os vegetais que lhe a acrescentam, numa opção entre alface, tomate, couve roxa, pepino e cenoura, são saborosos, o pão pita, fresco e crocante por fora e suave por dentro...e os molhos...bem...os molhos de fazer salivar.
O normal tem o aroma a alho e ervas, onde se destaca claramente a hortelã, cremoso, fresco, leve...absolutamente indulgente. O molho picante um desafio aos que realmente gostam daquele kick, pois eu, que até sou resistente e adoro picante, tenho de me conter na quantidade. É potente.

A Alikebabhaus, tem vários menus e opções, mas aquele que falo e é de minha eleição é o Doner Kebab.
O preço, é como numa qualquer cadeia de fastfood, muito acessivel, duas pessoas podem fazer uma refeição por pouco mais de 8€. Mas é o que menos importa, porque resta fazer a tal pergunta acerca destes kebabs...


Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: São mesmo, mesmo, uma delícia!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Restaurante Pão Saloio


Quando me vem à ideia este nome, posso dizer-vos que a boca começa a salivar. A salivar só de pensar no tal bacalhau. Sim, bacalhau, porque para mim, O Pão Saloio é sinónimo de um prato de bacalhau vindo da brasa, ás lascas, afogado em azeite, com umas batatas a murro, elas da mesma forma encharcadas...encharcadas em azeite e alho... meus amigos, como poderia eu não salivar?
Tem este restaurante, como é óbvio,  mais opções honestas, para carnívoros também, como uma bela espetada mista, mas sem dúvida, o bacalhau é o prato que a minha memória vai sempre buscar. Pão Saloio, é sinónimo de bacalhau.

As entradas também ajudam, sendo o pão, saloio, maravilhoso, com uma boa selecção de enchidos, que abrem as hostes ao prato principal. As sobremesas são várias mas não me merecem grandes comentários, porque não são elas que me movem. Move-me sim, o bacalhau (e perdoem-me a redundância) e o vinho que esta casa serve.
É um restaurante típico, com mesas de madeira, e algumas delas com bancos corridos. Um serviço à antiga, que é afável, acolhedor, perfeito para o local e a envolvência. Descobri esta pérola, no ano de 2006, e desde então, nunca mais me saiu da memória, gastronómica, sensorial.



Tem o próprio dono do restaurante, uma loja de vinhos em frente do mesmo, com algumas relíquias e agradáveis surpresas. Deixem-se entregues às mãos dos funcionários, digam-lhes até quanto estão disponíveis a gastar, e deixem-se surpreender. Já o fiz várias vezes e o resultado é sempre surpreendente.

A relação qualidade versus preço, é muito boa, dependendo das entradas, e do vinho, mas se duas pessoas alinharem no Bacalhau, com um branco da casa, e dispensarem a sobremesa, pouco mais de 15,00€ por pessoa terão que desembolsar.

Delicia?! Pergunta à Patricia! Resposta: Sim é uma delícia.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Proeza, que é uma proeza!

Descobri este vinho, há uns meses atrás, ainda durante o ano de 2011, num dos meus locais favoritos para compras. Estava à procura de um vinho do Douro, com uma boa relação qualidade versus preço, e que permitisse tem um vinho com qualidade, a acompanhar as refeições quotidianas.



Foi-me apresentado o Proeza, como sendo um vinho que iria dar que falar, e com um preço de 3,50€.
Houve então que experimentar e avaliar a sugestão, como a mesma merecia, com a maior atenção. Recordo aqui que, como uma amiga que conheço diz "eu escolho o vinho pelo rótulo, se é bonito ou não, e pelo grau alcoólico que possui, se tiver mais de 13º, eu compro". Sorrio. Não são esses os meus critérios de escolha, contudo é verdade que os olhos também comem, e uma garrafa e um rótulo bonito, são mais apelativos para a grande maioria dos consumidores. Mas voltando ao vinho... O Proeza tem uma cor ruby, avermelhada, com aromas a frutos maduros, Quando se bebe revela na boca um sabor suave e fresco a com frutos vermelhos, morangos, amoras, framboesas, revelando uma boa e equilibrada acidez. É um vinho que acompanha bem carnes, com receitas mais elaboradas, ou simples comida de conforto. Lá por casa, costuma ser rei a acompanhar as pastas preparadas no dia a dia. Mas já acompanhou com glória, um belo Cozido à Portuguesa, o Cabrito Assado no Forno, no dia de Natal, e um leitão Bísaro, assado em forno de lenha...Uma agradável surpresa, excelente sugestão e aposta ganha.



Para os mais curiosos nestas questões vínicas, trata-se de uma destas novas agradáveis surpresas cuja vinificação é feita em cubas de inox, sem nunca ter contacto com a madeira...
Neste caso, trata-se de uvas das castas, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão e Tinta Barroca, provenientes de Santa Comba da Vilariça, no Douro Superior às mãos do Enólogo Álvaro van Zeller.




Para mais informação sobre quem produz este vinho fabuloso, visitem a Barão de Vilar. Encontram um pouco da história e o que está a ser feito.

Para todos, os que como eu, gostam deste prazer na vida, herdado da influência do deus Baco, experimentem!

Delícia?! Pergunta à Patricia! Resposta: Sim, este vinho é uma delicia!


domingo, 22 de janeiro de 2012

Adega dos Caquinhos & Guimarães 2012

A Adega dos Caquinhos, nos últimos dias, semanas e talvez meses, tem andado na boa do mundo. Desde National Geographic, passando pelo New York Times, com repostagens em canais televisivos, como a SIC, RTP1. Contudo, não foi por nenhum destes meios que fui "arrastada". Um amigo vimaranense, que apenas quis  comemorar o seu aniversário entre amigos, deu o mote.


"O Restaurante está escolhido! 
Não podia deixar de vos levar a um dos mais tipicos restaurantes de Guimarães.
Tenho a certeza que vão adorar! 
ADEGA DOS CAQUINHOS "


Assim, na grande noite de abertura da Capital Euopeia da Cultura em Guimarães, cheguei por entre a multidão e as ruas vibrantes de gente e história, à Adega dos Caquinhos!
Já sabia de antemão, e porque a comida havia sido préviamente encomendada, o que me esperava. A ementa, sempre a sair consistia em:
- Bacalhau recheado, lombo e vitela assada no forno.
Depois por encomenda :
- Rojões à moda do Minho, e Arroz de frango de cabidela também muito conhecido a norte, como pica no chão. A escolha recaiu repartida entre o grupo, por Arroz de Frango de Cabidela, Lombo e Bacalhau.
Para beber, era já como certo um tal "pinta beicinhos", vinho verde tinto, que pela sua quantidade de taninos, deixa os lábios e a boca com  uma cor entre o púrpura e o escarlata, ou como dizem os vimaranenes, "ficas com os lábios roxos ou bermelhos".


Quando finalmente nos sentamos à mesa, depois da enorme dificuldade em chegar ao local, o Bacalhau demoraria algum tempo, e  como o Arroz de Frango de Cabidela já havia sido encomendado, e havia vitela e lombo a sair, houve que experimentar e testar os pratos candidatos a delícias.

A azáfama era muita, e como já se ansiava por bebida, fomos informados que a casa, também servia sangria, receita, e tinto verde! Ora o tinto verde, não era nada mais nada menos que o tal "pinta beicinhos".
Mas falemos da comida, que já me despertava a curiosidade e com alguma impaciência, atenuada contudo pela envolvência do ambiente caseiro da casa ( e perdoem-me o pleonasmo e a redundância). Merece destaque o ambiente familiar, e a dona, Augusta de nome.


Vimaranense genuína, no sotaque, no linguajar popular, com o calão na ponta da língua, mas que não ofende de tão característico que é! Mexia-se na cozinha com calma, apesar do ambiente quase alucinado e psicadélico à volta, sem nunca perder o contacto com os clientes e com os tachos, e o belo fogão a lenha presente na cozinha. Sim! Fogão a lenha! Podem imaginar a diferença que faz no sabor de um assado, as memórias que invoca a muitos, eu mesma incluida.

A receita já escorregava, a simples mistura de vinho branco corrente e cerveja de pressão, com açucar adicionado. Fresca como devia estar, a fazer ressoar o copo. Afinal, fez-nos sentir estudantes de novo.
Depois chega o repasto. Que para uma minoria, onde me incluí, era um Arroz de Frango de Cabidela, sem a cabidela. Estórias antigas de pavor ao prato confeccionado com sangue, fizeram-me comer esta versão...


E o que dizer?! Uau?! Cremoso, feito com "frango caseiro", o que é o mesmo que dizer, com frango bilógico, criado em galinheiros ou ao ar livre, com restos de comida, com farelos, mas não de uma forma intensiva, o que lhes confere uma textura e um sabor à carne, completamente únicos. Depois o tempero. Apurado, bem condimentado, a sobressarir a pimenta preta em abundância, que fez toda a diferença. Mas o arroz, cozido no ponto, sem nunca perder a textura, a cremosidade. Fabuloso! Delicioso. A primeira dose no prato fugiu, e aí quis mais. Mais...até, perder o estigma da cabidela, e atacar uma das travessas desde magnifico arroz, já com o sague avinagrado do dito cujo. E pasmei. Para mim só será possível voltar a comer cabidela, se for a da Dona Augusta. Pensei para mim mesma, se a minha mãe vê isto, pasma.

Do lombo e da vitela, a memória do palato não diz muito, a não ser que o lombo, que aos olhos me parecia seco tinha afinal a suculência desejada, com um bom molho, apesar disso não deslumbrar, a vitela não provei, mas também não irei voltar por isso.Saliento apenas as batatas fritas aos cubos, perfeitas, douradas, a revelar oléo de fritura de boa qualidade, e renovado convenientemente. Um receio de muitos neste tipo de locais. tascas, adegas, e afins.

As sobremesas, não tinham muito a falar por si, limitei-me a um queijo com marmelada.Apenas mera formalidade de sobremesa. Não há nada que comentar.Não é importante.

Vale a pena voltar, pelo Arroz de Frango de Cabidela, e talvez para provar o Bacalhau, pela forma de ser genuína da Dona Augusta, pelo preço. Num momento de crise, pagar menos de 15 € por pessoa, por uma iguaria destas...feita no momento, com ingredientes de qualidade, simplesmente, uma delicia.e não inflacionado pelo facto de estar em pleno centro de Guimarães, no dia e hora do espectáculo de abertura da Capital Europeia da Cultura 2012, é de saudar.


E fechando com chave de ouro, nesta abertura de ouro, da Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, se "Aqui Nasceu Portugal", pois para mim, neste dia nasceu o Arroz de Frango de Cabidela.

Delicia?! Pergunta à Patricia! Resposta: Sim, é mesmo uma Delicia!

sábado, 21 de janeiro de 2012

E porque falamos de Bifanas...

Olá a todos,

E porque falamos de bifanas, o que uns entendem por BIFANAS, a norte do país, não é de todo o que outros entendem por BIFANAS a centro e sul. Uma coisa é certa, em comum têm o facto de serem confeccionadas com carne de porco. E de serem consideradas comida de tasco, de taberna, de casa de petiscos, de roulote à beira de estrada...

No Minho e Douro Litoral, e principalmente na zona do Grande Porto, a BIFANA é sinónimo de carne fatiada finamente, estufada lentamente num molho consistente e picante, daquele de fazer arder as orelhas, e corar. É servida num pão, ou numa carcaça, num molete, num bijou, como lhe queiram chamar. Mas a boa da bifana é estufada.



A centro e sul, de Coimbra, passando por Lisboa e descendo até ao Algarve, sem nunca nos esquecermos das Ilhas, a BIFANA, passa por ser uma sande, que consiste num febra de porco, normalmente da perna ou da pá, grelhada ou frita em óleo (para muitos quanto mais gordurosa melhor). Normalmente seguem-se condimentos como a mostarda, que em Portugal, durante muitos anos era sinónimo de SAVORA. Acrescentou-se mais tarde, o ketchup e a maionese e uma diversidade de molhos e condimentos, e guarnições, que não há povo que não conheça, das roulotes de festas e romarias, deste nosso Portugal. É quase como comer um hotdog ou um baggel nas ruas de Nova Iorque. Ou comer um caril indiano, ou uma paella no mercado de Portobello, em Londres...Comida de rua...


Por isso, a norte, sul, centro, ilhas, em Portugal ou fora dele. O que importa é que seja uma delicia. Digam-me, contem-me, partilhem, Depois virá a altura de:

Delicia?! Pergunta à Patricia!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As melhores bifanas do mundo!

Conga - Casa das Bifanas
Petisqueira portuense, cuja especialidade são as BIFANAS, as codornizes, regadas a molho bem picante, acompanhadas de uma Super Bock, e finalizadas com umas papas de sarrabulho, com ou sem o molho das bifanas, ou um caldo verde! A vida é bela.

Descobri o Conga à muitos anos. Dilui-se esta lembrança nas memórias da família, com muitas estórias para contar. Mas posso dizer, que,  esta casa, é a casa mais democrática que conheço. Todo o género de pessoas frequenta o Conga - executivos, artistas, operários, mendigos,...enfim, o cliente do Conga pode ser qualquer um, porque qualquer um pode apreciar esta iguaria, seja quem for, vestido de que forma for, no intervalo do trabalho, ou num momento de puro lazer.

O pão é sempre fresco, o velho molete, bijou, pão de trigo despretencioso, simples, pequeno, mas também é assim que sempre foi. E nem pensem em mudar! A carne de porco, aos pedaços finos, como um kebab, como só as bifanas "reais"  podem ter. 
O molho, potente, picante, bem temperado, no ponto, com piri-piri, cominhos, pimenta, e um sem número de ingredientes que perco no palato, sempre que as saboreio.


 Uma quantidade de estimulos incriveis para as papilas gustativas que ficam todas malucas só de provar.


O sitio é o mais simples que se pode pensar, apesar de nos últimos anos ter sido alvo de remodelações e modernizações, sem nunca perder aquilo que faz desta casa o que é.

O ritmo em hora de ponta é alucinante, com pedidos, clientes em pé a comer, à espera para se sentarem, com sacos de pão levados pelos funcionários, passado pelo corredor estreito...Mas tudo isto faz parte da experiência.

E de escrever estas linhas, garanto-vos que a minha boca saliva. Saliva muito. E já agora saem duas bifanas com molho, um fino (Super Bock, claro). Era já!


Delicia?! Perguntem à Patricia! Ela responde: Sim são mesmo uma delicia!