segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Reguengo de Melgaço - Alvarinho

Sou uma apreciadora de vinho, e confesso, que ao contrário de muita juventude a norte, que começa com o vinho verde, nas jantaradas de amigos e nos almoços e jantares da faculdade, este foi um vinho que nunca me cativou até à poucos anos.
Da zona de verdes que abrange a zona do Minho e Douro Litoral, confesso que sou apreciadora de poucos...mas bons.

Os alvarinhos, são para mim a grande preferência...Este pecado de Baco, feito de monocasta Alvarinho, é fabuloso, quando bem feito, e em bom ano de colheita. E são vinhos, cujo estágio em garrafa não trás desilusão, em alguns casos, muito pelo contrário.

Este Alvarinho foi uma sugestão que me foi apresentada no supermercado do El Corte Inglés - Reguengo de Melgaço, Alvarinho.

E o que dizer? Não desiludiu, um vinho equilibrado, que não engana ao nariz e ao palato, subtil, misterioso, fresco, frutado, com alma e corpo. Acompanhou soberbamente uns lombos de carapau com batata a murro e fez honras de rei à mesa.

Não é um vinho para todos os dias, para a bolsa mais afogada  da maioria dos portugueses, pois custou 9 €, contudo, um vinho que vale o custo, pelo bem que sabe, e pelo prazer que proporciona.

Sem mais que alargar nesta crítica de hoje, limito-me a responder à pergunta da praxe:
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: Sim, é uma delícia.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eric Kayser - Padaria

Desde que cheguei a Lisboa, que andava ansiosa por conhecer este sítio de que toda a gente fala. Toda a gente, que é como quem diz, a comunicação social, as pessoas de bem, o "povo". É fashion, gourmet, in, ou ainda mais uma meia de dúzia de adjectivos atribuidos a este local.

Promessas da boa padaria e pastelaria francesa, com carinho e excelência. Ainda me despertou  mais  a minha gastronómica curiosidade quando no facebook, vi que o pão do mês, era um apelativo pão com chouriço, aí as minhas papilas gustativas despertaram...

Havia que ir cedo, para evitar a fila até à porta. e experimentar os croissants, e o pão artesanal. Logo pele manhã cedo, houve que estacionar o carro nas Amoreiras, e já com o bichinho a moer no estômago, e com um frio de rachar que se fazia sentir, entrar na Eric Kayser.

O Pão!!! Maravilhoso aos olhos, e a cheirar lindamente, e as prateleiras, muito bem arrumadas... Prometia. Fiquei com os olhos fixados nos pães, no de chouriço, pão do mês, e no pão Paris. E nos croissants folhados, que já tinham comigo a fama, e iriam em breve ser degustados.

Começou bem, mas não continuou da mesma forma...
Apesar de um serviço de padaria eficiente, que me permitiu obter o pão fatiado, embalado individualmente em sacas de plástico transparente com o logótipo da marca Eric Kayser, começou a correr mal quando pedi um croissant com manteiga, e me foi dito que a manteiga "era à parte"...Mal...Depois foram colocados os dois croissants em cima de guardanapos num tabuleiro e aguardou-se para recolher um chá - English Breakfast, e uma meia de leite...Chamo a atenção que se cobrou por uma caneca de chá, 1,80€!!!

Então as coisas continuaram a correr menos bem, terminando mal. para um serviço dito de excelência e para o qual eu levava grandes expectativas. Na hora de me dar o chá, não havia English Breakfast, e a funcionária, só assim avisou a colega do caixa, para essa situação. Fica mal. Não vai de acordo com o tipo de serviço que se quer... Depois, quando escolhi uma das alternativas, ainda colocou mal a caneca do chá, e entornou por cima do guardanapo, onde se encontrava o croissant... Fiquei completamente irritada, quando no fim de verificar que o minusculo tabuleiro não tinha espaço para os dois croissants, para uma meia de leite e para uma caneca de chá, a funcionária me sugeriu se eu pretendia outro tabuleiro...

Meus senhores, os funcionários de uma casa destas, devem ter formação, e prever as situações, não remediá-las quando já é tarde, e já causaram uma má impressão num novo cliente.
Não chega ter bons produtos, há que saber apresentá-los ao público...

É claro que depois deste cenário, o croissant não foi maravilhoso, e me senti pouco à vontade no espaço.
Salva-se sem dúvida o pão, que se revelou maravilhoso simples, com um pouco de manteiga, ou a acompanhar uns belos carapaus com molho de cebola e pimentos confitados, com um arroz de tomate e pimentos, com calda...

Sr. Eric Kayser, tem bom pão, uma montra de pastelaria lindíssima e apelativa, mas com um serviço...não adequado ao nível do pão.

E quanto á pergunta da praxe:
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: O pão é uma delícia, mas do resto, não gostei, eu, a Patrícia.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Restaurante Gandhi Palace

Adoro os sabores indianos, as especiarias, os picantes, a cozinha com caril, as tradicionais samosas, ou chamuças, em português, um bom lassi de manga. Mas como os confecciono muito bem em casa, é raro ir a um restaurante Indiano, contudo, e como gosto sempre de aceitar as sugestões dos amigos, calhou desta vez ir experimentar um, lá para os lados da Baixa Lisboeta, próximo da Praça da Figueira, mais propriamente na Rua dos Douradores.

O nome apelativo, Gandhi Palace, aparecia no 214 da rua, mas informando que o restaurante havia mudado de sítio para o outro lado da rua, uns metros mais adiante.

A ementa vista de fora prometia, e num dia de frio, o ambiente é acolhedor, e nota-se que sofreu melhorias recentes na decoração e no serviço.
Houve que pedir, e o serviço funcionou bem, rápido, mas também a casa estava quase vazia, com poucas mesas das duas salas ocupadas. As samosas de carne (frango, como deve ser), eram grandes, picantes, mas não extremamente saborosas, como estou habituada. Vinham com 3 ramequins com 3 molhos diferentes, mas nenhum deslumbrou.

Salienta-se contudo a cortesia da casa, com pequenos pãezinhos quentes, e uma manteiga de alho, mediana, mas aceitável, e saborosa. Os papadooms, estaladiços, condimentados e acompanhados pelos mesmos 3 molhos que acompanham as samosas.

O lassi é bom para os gulosos, espesso, feito com iogurte já açucarado e polpa de manga, com gelo adicionado. Mais uma vez razoável, mas longe de ser quase perfeito.

A escolha da noite recaiu num Goan Lamb, um caril de corrego com leite de côco, que se apresentava demasiado espessos, com o borrego já demasiado cozinhado, e insipido, tendo apenas sido envolvido no molho, e não cozinhado nele. O côco ralado que salpicava o caril era algo desnecessário. Faltava alma e carinho na confecção deste prato, contudo não se pode dizer que não foi comestível, e até adequado ao preço praticado. Comeu-se, mas não deslumbrou.

Para quem adora caril, como eu, ficou aquém das expectativas, mas não digo que deixem de visitar. É um sítio agradável para um jantar com amigos, quando não se quer gastar muito dinheiro, e há mais iguarias a provar, que atém podem amenizar a experiência deste caril. Talvez volte, mas neste momento, quando me perguntam, como é da praxe:

Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta: Para mim, não foi uma delícia.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Restaurante O Paparico

Como falar de um sítio que fala a mesma linguagem que falamos, e que parece que foi feito para nós? Um conceito semelhante a uma alma gémea, se podemos dizer...este restaurante é a minha alma gémea gastronómica. Pelo menos até à data, e enquanto estiver à frente desta casa, o fabuloso Sérgio, o dono e a alma mater do Paparico. MAs falar do Sérgio é falar também de toda a equipa que o acompanha irrepreensivelmente. Estamos num sítio de excelência e paixão, pelo pecado da Gula.

Falar da ementa, para destacar um prato, é uma blasfémia, destacar a excelência do ambiente e do serviço também. Se me perguntarem sugestões. digo-vos para experimentarem de tudo, repetindo a experiência sempre que for possível.

Os ingredientes utilizados neste sítio são frescos, de qualidade e de excelência e trabalhados com arte e mestria, mas com amor à arte e gastronomia portuguesa, e de fusão com as culturas da europa e do mundo.
A vitela, os miscaros, o bacalhau, o entrecosto, a terrina de vitela com Porto, o polvo em prato principal e em entrada...poderia enumerar tudo o que vem na ementa, mas mesmo assim não vos poderia exprimir por palavras o prazer que esta casa dá à mesa...até o pão e o queijo...o azeite...




A nível de vinhos, o da casa, do Dão, é absolutamente divino, mas a carta é de muito bom gosto, com excelentes escolhas, e como em momentos de crise é necessário organizar o orçamento, não se acanhem de definir um budget, concerteza que há excelentes soluções disponíveis, todas elas de excelente qualidade.

As sobremesas são de ir ao céu, indulgentes, cheias de volupia, sabor e imaginação. O café cheio de detalhes e aromas...Mas deste sítio, falo com alma e coração, aquela alma dos pares, que me faz entrar por aquela porta, e sentir-me em casa. Como se naquele momento fosse eu mesma a cozinhar para mim, fora de mim.

E a pergunta da praxe, neste caso, é por demais óbvia.
Delícia?! Pergunta à Patrícia!! Resposta : Esta é a minha delícia!